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PORQUE AS CRIANÇAS JOGAM

PORQUE AS CRIANÇAS JOGAM

A criança joga para satisfazer um instinto. Desde a mais tenra idade vemos que além das atividades de comer, beber e dormir, imprescindíveis para o desenvolvimento orgânico geral da criança resta-lhe somente lúdica. O bebê não joga para ganhar e sim para satisfazer um instinto primário de jogar. O mesmo acontece nos períodos dos três aos sete e dos sete aos doze anos. No primeiro, estando criança já na posse dos mecanismos perceptíveis e motores, o seu desenvolvimento psíquico se dirige para os interesses concretos. As suas funções de aquisição, a atenção, a memória, a associação são utilizadas com maior intensidade. O mesmo acontece com a curiosidade, à observação e a atenção que

constituem tendências educativas. No segundo, dos 7 aos 12 anos, surgem os interesses especiais e objetivos. Somente ao penetrar na pré-adolescência, ao transpor o limiar da adolescência e no princípio desta, surgem os interesses éticos e sociais aos quais está intimamente ligado o instinto combativo.

Despontam então as tendências e os sentimentos típicos do desejo de ganhar. O amor-próprio muito desenvolvido, a vaidade exagerada que se manifesta sob todas as formas, não só do ponto de vista de ser um bom jogador, um ótimo esportista, como nos atributos físicos e exteriores, o arranjo do penteado, esmero no traje, a linguagem, os gestos, as atitudes estudadas são revestimentos da intensa vaidade do adolescente.

O desejo de ganhar não constitui o móvel da ação infantil de jogar. Esse desejo

aparece mais tarde, caracterizando o período adolescente. A prova que a criança joga para satisfazer um impulso e não para ganhar está no fato observado diariamente e com freqüência espantosa de que, integrando uma turma, time ou grupo evidentemente mais fraco que o adversário, nem por isso deixa de jogar. Joga, não uma, duas, três vezes, mas quantas lhe forem proporcionadas. Pouco lhe importa perder ou ganhar. O que ela quer é jogar. No jogo individual, a saber, de dois jogadores um contra o outro, sucede o mesmo.

A recusa de jogar quando não há possibilidade de ganho dá-se raramente, sempre com crianças que, dotadas de certas aptidões naturais como agilidade, velocidade ou força, colhem louros nas competições individuais de que participam.

Posto à frente de outra criança, também dotada ou superior, manifesta desprazer em jogar. O seu sentimento de superioridade abala-se fortemente.

Reluta ao verse colocada diante de uma situação nova, inédita, um adversário igual ou superior, embora da mesma idade. Há um conflito interior que a faz sofrer. Não pode mais ser a primeira, a melhor, a única.

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